Notícias de Campolide nº87

Page 1

BOLETIM DA JUNTA DE FREGUESIA DE CAMPOLIDE ANO XIX #87 JANEIRO/FEVEREIRO 2019 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Almoço Solidário LEIA + em: /jfcampolide /jfcampolide /campolidetv

MARCELO REBELO DE SOUSA PARTICIPA NO ALMOÇO DA MESQUITA DE LISBOA PÁG. 4

+ cabazes de natal + CONTENTORES SOLIDÁRIOS + como plantar um jardim comestível


nesta edição... BOLETIM DA JUNTA DE FREGUESIA DE CAMPOLIDE ANO XIX #87 JANEIRO/fevereiro 2019 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

ARTIGO DE CAPA:

Almoço Solidário MARCELO REBELO DE SOUSA PARTICIPA NO ALMOÇO DA MESQUITA DE LISBOA

LEIA + em:

PÁG.4

CABAZES DE NATAL JFC APOIA MEIO O NATAL NÃO MILHAR DE FAMÍLIAS_PÁG.6 TEM IDADE_PÁG.7

HOJE ALMOÇAMOS NA VARANDA_PÁG.8

/jfcampolide /jfcampolide /campolidetv

MELHORES CONDIÇÕES PARA A PSP DA SERAFINA_PÁG.12

eXECUTIVO

+COMPOSTOR _PÁG.14 +A RUA ONDE MORO _PÁG.15 +A LOJA ONDE VOU _PÁG.18 +GENTE NOSSA _PÁG.19 ANDRÉ NUNES DE ALMEIDA COUTO PRESIDENTE

ANA RAQUEL MOREIRA DA SILVA

BRUNO LOURO Tesoureiro

SECRETÁRIA

bruno.louro@jf-campolide.pt

raquel.silva@jf-campolide.pt Atendimento: 3.ª feira - Mediante marcação prévia

Atendimento: 4.ª feira - Mediante marcação prévia

Pelouros: Equipamentos, Habitação, Acção Social, Colectividades, Igualdade de Oportunidades.

Pelouros: Informática, Recursos Humanos, Serviços Administrativos, Comércio e Licenciamento, Financeiro e Contratação.

BRUNO corgas GONZALEZ

Maria Cândida Cavaleiro Madeira

bruno.gonzalez@jf-campolide.pt

candida.cavaleiro.madeira@ jf-campolide.pt

Vogal

Vogal

Atendimento: 6.ª feira - Mediante marcação prévia Pelouros: Educação e Desporto.

Assembleia de Freguesia: Presidente · MARTA VIEIRA DA CRUZ | PS

1º Secretário · Carlos José Reis Lopes Ramos | PS 2º Secretário · Miguel belo marques | PS

Atendimento: Mediante marcação prévia Pelouros: Saúde

Restantes Membros: Januário Gomes da Costa, Luís Filipe Correia Rosa, Cátia Sofia da Cruz Costa, Pedro Miguel Pereira Ferreira da Silva, Teresa de Jesus Cancela Dias Baptista Francisco Maria Oom Pimenta Peres Joana Vitorino Mendes, João Carlos Infante Gameiro Maria José Branco Ferreira do Nascimento Garcia Arnaldo Maria do Carmo Bica

André Couto · Direcção | Sofia Julião · Coordenação | Sofia Julião · Redacção | Taiz Collovini · Paginação | João Barata · Fotografias Junta de Freguesia de Campolide · Propriedade | 121904/98 · Depósito Legal | 9 000 exemplares · Tiragem


editorial BOAS RELAÇÕES NA FREGUESIA Caros Vizinhos e Vizinhas,

ANDRÉ NUNES DE ALMEIDA COUTO PRESIDENTE

andre.couto@jf-campolide.pt https://www.facebook.com/andre.ndac Atendimento: 4.ª feira - Mediante marcação prévia

Pelouros: Comunicação, Espaço Público, Espaços Verdes, Defesa do Meio Ambiente, Higiene Urbana, Recenseamento Eleitoral, Cultura, Restauração, Grandes Opções do Plano, Protecção Cívil e Segurança, Transportes.

Começa um novo ano, uma nova etapa com diferentes desafios e tarefas a cumprir pela nossa Freguesia. Olhando ainda para 2018, encontro diversos motivos de felicidade e orgulho no variado trabalho que fizemos na JFC, logo a começar pelo projecto Varandas Comestíveis, cujas tertúlias mensais serão um dos pontos altos, e agora a dinamização da Agrofloresta. São duas iniciativas que juntam a defesa do Meio Ambiente e ajudam a solidificar uma mentalidade de aproveitamento dos recursos naturais cada vez mais importante e urgente. Por outro lado, as intervenções na Esquadra da PSP da Serafina e a permissão de colocação dos contentores de recolha de roupas no nosso território são igualmente demonstrações das relações que desenvolvemos com as instituições que zelam por nós e ajudam a tornar a vida em Campolide mais fácil, agradável e segura. O maior simbolismo dessas mesmas relações pode ser encontrado nas imagens que vos trazemos dos eventos que marcaram o Natal de 2018 em Campolide: a habitual entrega dos cabazes às famílias mais carenciadas; a festa organizada pela PSP e que a JFC apoiou; o lanche promovido no Auditório com os membros da Associação de Reformados e Pensionistas de Campolide e, naturalmente, o almoço anual de solidariedade que a Mesquita Principal de Lisboa e a comunidade islâmica oferecem aos nossos Vizinhos e Vizinhas e onde faço questão de marcar presença, este ano na especial companhia do senhor Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. É desta forma, em conjunto com todas as entidades e organizações da Freguesia, que queremos continuar a melhorar a vida em Campolide, para que o orgulho que todos sentem em viver aqui possa ser transmitido aos mais novos, que continuarão a nossa tarefa. Um abraço,

O CELEIRO SOLIDÁRIO DA JUNTA DE FREGUESIA DE CAMPOLIDE FACULTOU:

JUNTA DE FREGUESIA DE CAMPOLIDE Rua de Campolide, 24 B – Tel: 21 388 46 07 e-mail: geral@jf-campolide.pt www.jf-campolide.pt Reunião aberta: Primeira 4.ª feira de cada mês

388.788

DOSES

262.400 866.681

até ao fim de DEZEMBRO de 2018 Kg de FRUTAS/VEGETAIS

(Até ao fim de Junho de 2018)

unidades de COMPLEMENTOS

2.003 Kg

1103 Kg

1073 Kg

(VIDRO)

(PLÁSTICO/EMBALAGENS)

(PAPEL/CARTÃO)

ECOPONTO VERDE ECOPONTO AMARELO ECOPONTO AZUL


Marcelo Rebelo de Sousa participa no almoço da

Mesquita de Lisboa Mais de 500 pessoas participaram no almoço solidário da Mesquita Principal de Lisboa. E a mais alta figura institucional do país marcou presença. Fotografias: João Barata

EDIÇÃO Nº87 JANEIRO/FEVEREIRO 2019

A

4

entrada de Marcelo Rebelo de Sousa na sala principal, perante meio milhar de pessoas que ali aguardavam o início do 13º almoço comunitário de Natal, foi saudada com fortes aplausos e uma indisfarçável alegria colectiva. Foi mais um momento de união e cumplicidade dos que se registaram ao longo de toda a tarde na Mesquita Central de Lisboa, durante a refeição solidária com que a Comunidade Islâmica faz questão de celebrar o Natal, muito para além das diferenças de credos ou hábitos. Antes de tomar a palavra, mais de uma hora foi quanto Marcelo Rebelo de Sousa levou a cumprimentar os presentes. Todos, um a um, com beijos, abraços, selfies e muitas manifestações de carinho bem patentes. E as palavras do Presidente da República ao Notícias de Campolide, dia

22 de Dezembro, foram bem esclarecedoras e contagiantes: “este encontro tem vários simbolismos, porque a comunidade islâmica está ao serviço da população, não apenas no Natal. Hoje, recebe e apoia os mais carenciados neste momento de encontro, e apesar de esta ser uma casa de Religião, ele não se destina apenas a crentes. Da mesma forma, esta mensagem de abertura, tolerância, diálogo, espelha a forma de viver a fé islâmica e a nacionalidade portuguesa. Aqui, há moçambicanos, guineenses, asiáticos, mas a maioria destas pessoas são portuguesas. Portugal é um exemplo para a Europa. É um lugar pacífico, sereno e um lugar de encontro”. As palavras de boas-vindas proferidas pelo Presidente da Junta de Freguesia de Campolide, André Couto seguem no mesmo sentido, ao salientar que “em Campolide, como na ci-

dade de Lisboa e no resto do país, não há muros”, realçando como é importante “o apoio desta comunidade, não apenas nesta Quadra, mas ao longo de todo o ano”. OS VOLUNTÁRIOS Fundamentais em toda esta acção, que transformou o local de culto religioso mais importante da comunidade islâmica muçulmana portuguesa na mesa comunitária onde almoçaram centenas de Vizinhos e Vizinhas de Campolide, são as várias dezenas de voluntários, homens e mulheres de diferentes idades, etnias, idiomas, unidos pela solidariedade, vontade de partilhar o seu tempo e oferecer um dia melhor a tantas famílias que ali se deslocaram pelo convívio, pela necessidade, ou por ambos. Xulai tem 42 anos e faz parte do


Mohamed Abed

O MENTOR DAS OPERAÇÕES Os que, ano após ano, correspondem à chamada e se juntam a este almoço que já faz parte da tradição de Campolide, conhecem bem o homem que recebeu o mais alto Magistrado da Nação e que, incansável, coordenou a vasta equipa que serviu, não é de mais recordá-lo, para cima de 500 refeições. Mohamed Abed tem 69 anos de idade e colabora com a Comunidade Islâmica há cerca de 43 anos. “Comecei em 1975, quando cheguei a Portugal, vindo de Moçambique”, recorda. Encara esses dias, ainda próximos da Revolução que devolveu a Liberdade aos portugueses, como “o início de um ciclo, uma vez que o Islão era muito pouco conhecido por cá, ninguém sabia o que era ou o que dizia”, explica-nos.

Esta é a sua última colaboração, porque “tudo tem um fim, tem de ser. E quando é preciso acabar com alguma coisa, tem de ser assim”, partilha connosco, não sem reconhecer que vai “ter saudades, é natural que assim seja”. A tarde encerrou com a entrega de centenas de cabazes, cuja importância ficava bem patente, bastando olhar para a cara de quem os recebia. Para alguns, esta era mais uma festa de Natal. Para outros, a garantia de que teriam uma consoada em família, dali por uns dias. Para outros ainda, com as suas dificuldades, tentando manter a dignidade e a alegria que enchem as ruas por estes dias, talvez esta tenha sido discretamente, a sua Consoada. Pelo menos, em família. nc

NOTICÍAS DE CAMPOLIDE

grupo de aparência nipónica, todas elas membros da Associação Internacional Buddha's Light de Lisboa. Está muito contente, foi “a primeira vez” que colaborou e quis pôr em prática os ensinamentos recebidos, “dar alegria, companhia, esperança e servir os outros”. Silvine Vieira, 29 anos, é outra estreante nesta aventura de Natal. “Gostei muito, já conhecia outras pessoas que tinham estado cá e a verdade é que nos sentimos rapidamente em casa”, confessa. Mesmo ao seu lado, outro jovem, Luís, com 18 anos de idade, sorri enquanto fala e vai olhando em volta. “O meu pai e a minha mãe já tinham participado, desta vez quis eu experimentar. Sabe bem, é bom ajudar quem precisa”, responde, com alguma compreensível emoção.

5


Cabazes de Natal

JFC apoia meio milhar de famílias

EDIÇÃO Nº87 JANEIRO/FEVEREIRO 2019

O

6

Natal não é só uma festividade que junta religiosos e pagãos, que celebra a união da família e nos recorda os valores mais profundos da civilização ocidental. O Natal é o momento ideal para prestarmos solidariedade aos que mais necessitam, assegurando que, nestes dias, têm uma vida um pouco melhor, desfrutando do convívio de amigos e familiares. É com estas noções bem presentes que a Junta de Freguesia de Campolide (JFC) distribui anualmente centenas de cabazes às famílias mais necessitadas da Freguesia, permitindo uma ceia condigna na noite de Consoada, mas também a pensar em diversos produtos essenciais no dia-a-dia e cuja importância, normalmente, só entendemos quando nos faltam. É por isso que o Cabaz de Natal entregue na

Fotografias: João Barata

JFC, e que este ano chegou a mais de quinhentas famílias, incluindo algumas entregas ao domicílio, aos que não se podem deslocar, não engloba apenas produtos alimentares, mas artigos de higiene e limpeza ou detergentes, itens fundamentais que tantas vezes pesam no orçamento familiar acima do suportável. Apesar de esta iniciativa ser possível pela utilização das verbas que seriam destinadas à iluminação pública durante a época natalícia, a JFC conta também com diversos doadores, que tornam possível esta grande acção de solidariedade social. Este ano, a oferta do bacalhau, o mais emblemático elemento deste conjunto de produtos, é fruto da generosidade da Alphabares, empresa líder no sector da distribuição alimen-

tar. Ao lado de outros nomes já habituais, em 2018 juntou-se a esta iniciativa a Loja do Saco, responsável, como o nome indicia, pela embalagem de transporte do cabaz. E a Cruz Vermelha também contribuiu, patrocinando produtos de higiene pessoal. A restante lista de empresas associadas inclui Novotel, Unilever, Sovena, Gallo, Compal, Nobre, Jacquot, Dancake e Nestlé. Uma última nota, para salientar que o número de famílias abrangidas por esta medida diminuiu, o que muito nos satisfaz constatar. Significa que, apesar de serem ainda muitos os Vizinhos e Vizinhas que necessitam deste tipo de apoio, os anos mais complicados da crise que atravessou o nosso país estão a desaparecer no horizonte, dando lugar a uma realidade mais equilibrada e justa para todos. nc


O Natal não tem

idade

Se o Natal é uma época muito querida das crianças, os seniores de Campolide também não quiserem deixar por mãos alheias celebrar esta Quadra. Fotografias: João Barata

Q

uem entrasse na sala naquela tarde, dificilmente acreditaria estar num lar de idosos. A festa de Natal organizada pela 21ª Esquadra da PSP, com o apoio da Junta de Freguesia de Campolide (JFC), foi uma tarde de alegria e boa disposição. O evento, apresentado por Carolina Camargo, da RFM, começou com a actuação do Grupo de Metais da Banda Sinfónica da PSP. Continuou com o Coro da Associação de Reformados e Pensionistas de Campolide, a leitura não prevista de alguns versos do nosso Vizinho Jerónimo Farinha, escritos pelo próprio, e o agrupamento Opera Wave. Na sala completamente cheia da Residência de Velhinhos Irmãzinhas dos Pobres teve ainda lugar o sorteio de um par de óculos. Antes do magnífico e apelativo lanche, Micaela Bento dirigiu uma aula de dança improvisada, com muita gente em cima do palco e outra tanta a dançar na plateia. ARPC JUNTA-SE AOS FESTEJOS

Dois dias depois, os festejos continuaram, desta vez no Auditório da JFC, com a ARPC – Associação de Reformados e Pensionistas de Campolide a organizar um lanche para assinalar esta Quadra festiva, pretexto adequado para juntar todos em mais um encontro. Como habitualmente, os elementos da ARPC responderam em força à chamada para um convívio, promovendo uma animada confraternização. A alegria e a vitalidade que já lhes conhecemos foram a marca distintiva, em mais esta iniciativa de uma das mais dinâmicas colectividades da nossa Freguesia, a prova de que, para fazer a festa, não é a idade que conta, mas sim o estado de espírito. nc



Hoje almoçamos na varanda O desperdício alimentar anual em Portugal seria suficiente para alimentar 360 mil pessoas. Foi a pensar em números como estes que a Junta de Freguesia de Campolide (JFC) criou o projecto Varandas Comestíveis, que entra agora numa segunda fase, terminados os workshops juntos dos Vizinhos e Vizinhas. Fotografias: João Barata

TOMÁS TOJO JARDINEIRO

A

conclusão da primeira parte do projecto Varandas Comestíveis, iniciativa da JFC que visa combater o desperdício alimentar e incentivar a uma alimentação mais saudável e económica, consistiu num conjunto de workshops de plantação, da responsabilidade do jardineiro Tomás Tojo. “O objectivo foi fornecer uma formação básica, com um conjunto de estímulos, sobre como plantar e montar um jardim numa varanda. Estamos todos à procura de novos modelos de cidades sustentáveis, reduzindo o transporte e a poluição. E uma parte importante do meu trabalho é potenciar a relação entre as pessoas e a natureza no contexto urbano”, resume este especialista. As várias datas estiveram sempre preenchidas e foram muitos os Vizinhos e Vizinhas de Campolide que aderiram a esta iniciativa. O projecto “Varandas Comestíveis”, como o nome sugere, alia uma componente estética à utilização dos produtos na alimentação do dia-a-dia. “O jardim pode estar bonito, arranjado, só que, agora, ele é, também, utilitário. Em Lisboa, dispomos de uma das maiores paisagens comestíveis da Europa, há que tirar partido disso. Trata-se também de desmistificar algumas metodologias de jardinagem. Por exemplo, as ervas daninhas já fizeram parte da nossa alimentação e a cenoura só é desta cor há algumas décadas”. NATUREZA E ARTE

TERTÚLIAS E CONCURSO O próximo passo é a dinamização de tertúlias, no Auditório da JFC, de periodicidade mensal, “sempre com convidados e com o objectivo de debatermos as questões ligadas ao desperdício alimentar e à integração de hábitos que resultem numa alimentação mais saudável”, explica-nos Cátia Godinho, da Circular Economy Portugal, um dos parceiros da JFC na concretização desta iniciativa. Cátia Godinho comenta também os workshops realizados e como os participantes que aderiram em força a este apelo com várias facetas lançado pela JFC têm idades bastante variadas: “tivemos, desde miúdos com sete anos de idade, até pessoas com mais de 70 anos. E vários Vizinhos e Vizinhas fizeram questão de participar nos dois workshops”. Todos os participantes receberam uma floreira. Agora, será a vez de colocarem o resultado a concurso, numa disputa amigável que vai distinguir o uso das referidas floreiras para o cultivo de plantas comestíveis. “O concur-

NOTICÍAS DE CAMPOLIDE

Tomás Tojo já tinha trabalhado na Bela Flor e no bairro da Liberdade em outros projectos que envolvem pessoas e plantas. Antes disso, enriqueceu muitos dos seus conhecimentos nestas áreas com o trabalho que teve oportunidade de desenvolver na cidade de São Paulo, uma das principais do Brasil, intervindo em muitas praças que estavam votadas ao abandono.

Regressado a Portugal, acabou por se envolver em algumas ideias inovadoras, como o Festival Jardins Abertos, promovendo visitas guiadas em jardins privados e semiprivados no centro histórico da cidade, dando a conhecer muitos locais que habitualmente estão fora dos circuitos turísticos tradicionais. Com uma formação em Teatro e Cinema, Mestre em Direcção de Arte, Tomás Tojo não subestima essa faceta estética no trabalho que desenvolve, mas lida com isso de forma despretensiosa: “este trabalho é artístico, não o faço é com essa pretensão”, resume, acrescentando que “as pessoas que frequentaram estes pequenos cursos ficaram muito satisfeitas e eu também. Gosto muito de trabalhar com a JFC, porque é uma entidade com ideias inovadoras e desafiantes”.

9


CÁTIA GODINHO

Circular Economy Portugal

so vai ser aberto a todos, mesmo a quem queira concorrer e não tenha estado nos workshops, mas pretenda candidatar as suas plantações caseiras. Pretende-se salientar a criatividade, ou seja, a capacidade de transformar a varanda num jardim comestível, e a criação de floreiras, numa lógica que poderíamos designar como Faça Você Mesmo”, resume Cátia Godinho. Há ainda outros aspectos a ter em conta, nesta competição em que todos ganham. Por exemplo, a diversidade de géneros plantados, privilegiando uma mistura entre a estética e a vertente alimentar. Quanto maior a diversidade, mais interessante e potencialmente produtiva se torna a floreira.“Essa convivência cativa os polinizadores, como foi explicado nos workshops. Veja-se a abóbora, que só dá fruto se a flor for polinizada”, explica-nos. Haverá ainda um Prémio Especial, destinado a recompensar os edifícios cujos Vizinhos e Vizinhas se unam e possam assim apresentar conjuntamente várias varandas de um mesmo prédio. Uma forma de juntar esta causa da alimentação saudável e económica ao convívio entre aqueles que moram paredes meias e, tantas vezes, necessitam de pretextos que incentivem ao encontro e troca de ideias entre si.

COMBATE AO DESPERDÍCIO Este concurso, centrado na dinamização da plantação caseira de espécies vegetais alimentícias, contribui activamente para combater o desperdício que é gerado ao longo dos circuitos da alimentação. Segundo o estudo PERDA (Projecto de Estudo e Reflexão sobre o Desperdício Alimentar), 30% desse mesmo desperdício ocorre em nossas casas e os 70% restantes derivam das diferentes etapas (produtor-transporte-indústria transformadora-transporte -supermercados). Ao produzirmos alimentos em casa, estamos a intervir nesse ciclo, a reduzir o percurso e, necessariamente, o desperdício gerado, numa lógica de Economia Circular (ver nota). As implicações são muito mais vastas do que, por vezes, nos damos conta. “Se não desperdiçarmos tanto, não precisaremos de tantos terrenos para produzir, de usar tanta água, tantos transportes, e assim por diante”, explica-nos Cátia Godinho. E encerra com mais um valor, "De acordo com estudos recentes, em Portugal são desperdiçados anualmente mais 1 milhão de toneladas de alimentos, o que daria para alimentar mais de 10% da população nacional. São números assustadores que mostram a ineficiência do sistema.". nc

EDIÇÃO Nº87 JANEIRO/FEVEREIRO 2019

ECONOMIA CIRCULAR

10

É um modelo de desenvolvimento sustentável que permite devolver os materiais ao ciclo produtivo através da sua reutilização, recuperação, reparação e reciclagem, assegurando assim maior eficiência na utilização e gestão de recursos, maior sustentabilidade do planeta e maior bem-estar das populações. Vários especialistas já alertaram que a atitude de consumir e deitar fora não vai resultar no futuro. O crescimento económico assenta na aceleração da transição para uma maior circularidade da economia.

“A SOLUÇÃO NÃO ESTÁ NOS RESÍDUOS QUE SE RECICLAM MAS SIM NOS QUE SE EVITAM”


COMO PLANTAR UM Jardim comestível numa Floreira

1

2 3 4

Utilize uma floreira com 20 cm de profundidade para pequenas flores comestíveis e espécies de aromáticas. Para hortícolas e aromáticas maiores, opte por um reservatório com pelo menos 40 cm. Certifique-se sempre de que tem furos no fundo. No fundo da floreira coloque um cartão usado sem cor, uma t-shirt velha ou um pedaço de tecido, para reter o substrato vegetal). Coloque argila expandida (Leca) ou pequenas pedras, para facilitar a drenagem da água. Encha a floreira com o substrato vegetal e compacte bem. Pode misturar alguma argila expandida. Seleccione as plantas de acordo com os ritmos de crescimento e simpatia entre si. Consulte tabelas de plantas companheiras e plantas antagónicas. Sempre que plantar certifique-se que a terra está bem compactada. Regue bem, logo após o plantio.

NOTICÍAS DE CAMPOLIDE

11


Melhores condições para a PSP da Serafina A Junta de Freguesia de Campolide (JFC) efectuou um conjunto de obras na Esquadra da Serafina, melhorando as condições das instalações dos agentes da PSP que diariamente ali trabalham. Fotografias: João Barata

EDIÇÃO Nº87 JANEIRO/FEVEREIRO 2019

A

equipa de Habitação da JFC realizou uma acção de Acupunctura Urbana, uma seja, uma intervenção num único local e durante um curto espaço de tempo, procedendo aos necessários melhoramentos na Esquadra da Serafina. E com a chegada da chuva de Inverno, não podia ter sido mais providencial. Um dos focos principais do problema era o estado da claraboia, de tal modo danificada que “deixava entrar muita chuva, inundando as escadas”, conforme nos explica o Chefe-Adjunto da Esquadra, Telmo Barreira. Há 23 anos na Polícia e há cerca de 3 anos e meio nesta esquadra, reconhece que já assistiu a algumas quedas na escadaria que fica mesmo por baixo, “por causa do piso molhado na época das chuvas”. Confirmando que era o principal e prioritário local a exigir rápida intervenção, Joaquim Silva, o chefe da equipa que realizou as obras, explica-nos mais pormenorizadamente alguns dos

12

passos da intervenção. “Chovia como na rua... estava uma lástima... tivemos de retirar os vidros, decapar a estrutura em volta, pintar e isolar devidamente a claraboia, já com vidros novos, naturalmente”. Os trabalhos envolveram quatro elementos do Departamento de Habitação da JFC e foram sendo executados ao longo de vários dias, intercalados com outras operações em diferentes locais da Freguesia onde estes profissionais iam sendo requisitados. Esta intervenção foi uma óptima oportunidade para substituir também as telhas onde foi possível, impermeabilizando com tela nas zonas onde a troca não era exequível. As entradas careciam igualmente de alguma atenção, e não foram esquecidas durante os trabalhos efectuados. Se a porta principal estava minada por diversas fissuras – o que foi alvo de remodelação – a das traseiras também conheceu uma melhoria considerável, desde logo pela criação de uma pala em

telha, que permita aos agentes ali estarem sem a ameaça constante de uma enxurrada por uma nuvem mais agressiva ou, simplesmente, poderem ter a porta da cozinha aberta sem autênticas inundação eminentes. Mas esta operação de remodelação não ficou por aqui. As janelas da esquadra foram igualmente motivo de atenção, com um tratamento adequado à madeira e a mudança dos vidros e caixilhos que já se revelava necessária. A finalizar esta operação integrada, a porta recebeu uma nova camada de pintura, com o tom azul adequado e o mastro da bandeira também foi reforçado, a condizer com as novas condições. A dureza do trabalho diário de uma esquadra de polícia, mesmo numa Freguesia sem problemas de maior, como a nossa, fica agora minorada, pelo menos no que respeita às condições físicas em que os agentes da Autoridade exercem as suas funções, assegurando uma vida mais confortável e segura para todos nós. nc


ANTES

DEPOIS

ANTES DEPOIS

TELMO BARREIRA CHEFE-ADJUNTO


Nada se perde, tudo se transforma A instalação de um compostor doméstico no Posto de Higiene Urbana da Junta de Freguesia de Campolide (JFC) é mais um passo na consolidação desta prática ecológica. Fotografias: João Barata

O

Posto de Higiene Urbana da Serafina foi o local escolhido para efectuar uma experiência de compostagem doméstica, a partir de um compostor cedido pelo Departamento de Higiene Urbana da Câmara Municipal de Lisboa (CML), no âmbito do projecto "Lisboa a Compostar". O objectivo é utilizar os resíduos alimentares provenientes da cozinha do próprio Posto, juntamente com os resíduos verdes existentes no local. Conforme nos explicou Delfim Duarte, o Guarda do Posto, e agora responsável pela manutenção deste novo equipamento, o procedimento é metódico e está relacionado com a ordem em que são colocados no interior do dispositivo as diferentes camadas de materiais. A base é essencialmente constituída por troncos, criando uma espécie de cobertura que se destina a acolher os restantes detritos orgânicos seleccionados. Segue-se a inclusão de uma mistura que engloba diferentes componentes, como folhas secas, as aparas da relva circundante ou até mesmo as cascas de batata ou das frutas. “Também colocamos as borras do café. São retiradas da máquina de cada vez que os técnicos a vêm carregar”, explica Delfim Duarte, há cerca de uma década e meia a trabalhar neste posto, mesmo quando ele ainda estava sob a jurisdição da CML No final desta pilha de detritos, a mistura é acondicionada com uma camada de elementos secos, que tem como função principal conter a expulsão dos odores que a putrefacção desta mistura de lixos libertaria, tornando-se incomodativa para todos à sua volta. A adopção deste compostor vem na linha de outras iniciativas em que a Junta de Freguesia de Campolide, reconhecida e premiada como Eco-Freguesia, se tem envolvido ou dinamizado. Ainda recentemente, foi apresentado o Centro de Compostagem de Campolide, com o intuito de promover a construção de utilização de compostores na casa de cada Vizinho e Vizinha. A difusão desta prática é mais uma medida fundamental, na estratégia concertada de combate ao desperdício e consolidação de uma Freguesia mais sustentável através da reutilização dos seus resíduos orgânicos. nc


A RUA ONDE MOR0: Rua Canto da Maya Nasceu nos Açores, estudou na Suiça e assegurou a Portugal projecção mundial, como nas exposições universais de Paris e Nova Iorque, no final da década 30 do séc. XX. Canto da Maya é uma referência central na escultura portuguesa moderna.

a

larmente nos Salões de Outono; realiza trabalhos com arquitectos como Mallet-Stevens, Paul Follot e Paul Andrieu; participa na Exposição Internacional das Artes Decorativas (Paris, 1925), uma mostra de referência onde é premiado, e ainda na Exposição Colonial de Paris (em 1931). Em 1935 a sua escultura O Hino do Amor é adquirida pelo Governo francês, e exposta com destaque no ano seguinte. Integra as exposições universais de 1937 (Paris) e Nova Iorque (1939). Um segundo casamento terá lugar em 1938 e a escolhida foi Vera Wladimirovna Pouritz, uma exilada russa que conheceu em Paris. Instalam-se em Lisboa, voltando a Paris em 1946, depois de terminada a 2.ª Guerra Mundial. Tão celebrado artista não poderia faltar no mais histórico evento cultural e artístico do Estado Novo, a Exposição do Mundo Português, em 1940. Esteve presente com um conjunto escultórico integrando as figuras de D. Manuel, Vasco da Gama e Álvares Cabral. Os anos seguintes foram de enorme destaque, com uma grande retrospectiva (1943), o Prémio de Escultura Manuel Pereira (1944) ou representações internacionais, como a II Bienal de São Paulo (1953). Regressa definitivamente a Ponta Delgada nos primeiros anos da década de 50 e aí virá a falecer, em 1981. nc

15

NOTICÍAS DE CAMPOLIDE

inclusão do seu trabalho ao lado de artistas como Cristiano Cruz, Jorge Barradas ou José de Almada Negreiros na 1ª Exposição dos Humoristas Portugueses, em 1912, no reputado Grémio Literário de Lisboa, foi decisiva para a sua consagração no mundo das artes. Ernesto do Canto Machado Faria e Maya (que passaria à História como Canto da Maya, ou mesmo Canto da Maia) tornou-se num dos mais bem-sucedidos artistas da sua época. Nasceu em Ponta Delgada, em 1890. Terminou o Liceu, em 1907 e, logo em seguida, matriculou-se na Escola de Belas de Artes de Lisboa. O ano de 1912 chega com voos mais altos, prosseguindo os seus estudos na Academia Grande Chaumière de Paris e na Escola de Belas-Artes de Genebra. Canto da Maya casou duas vezes. A primeira, na Suíça, em 1919, com Louise Mathilde Biderbost, que assumirá o papel de modelo em diversas das suas obras figurativas. E de quem tem um filho, Júlio António (falecido em 1940, tragédia assinalada na obra Náufragos, de 1943). Instalando-se em Boulogne-sur-Seine, na França, onde irá residir até 1938, mais uma vez, o seu nome ganha pujança no meio artístico onde está já perfeitamente inserido. Expõe regu-


Uma segunda vida para a roupa usada Desde 2014 que a recolha de roupa usada em Campolide é feita por uma empresa especializada. Uma medida que tem objectivos sociais, mas também contribui para um combate efectivo à diminuição da pegada ecológica. Fotografias: João Barata

EDIÇÃO Nº87 JANEIRO/FEVEREIRO 2019

A

recolha de roupas usadas não é apenas uma medida de combate ao desperdício e uma opção solidária, contribuindo para uma maior qualidade de vida dos que têm menos e, portanto, mais precisam. A parcela que tem como destino a reciclagem é um valioso contributo no combate por um ambiente melhor. Até Outubro, o mês de 2018 em que se registou maior oferta de bens, perto de 3700 Kg, foram recolhidas em Campolide, nos contentores disponibilizados pela H Sarah Trading, mais de 24 toneladas de roupa. Destas, mais de 16,5 toneladas foram reencaminhadas para reutilização. Mas o processo representou também uma redução das emissões de CO2 em quase 60 toneladas. Aliás, é este o pressuposto de uma recolha, que “procura com a sua actividade, diminuir a quantidade de resíduos destinados ao aterro, promover a reutilização destes materiais têxteis na actividade industrial, diminuir a extracção de matérias-primas da natureza e contribuir para a formação de uma consciência cívica e ecológica do cidadão, como se pode ler no site institucional da empresa.

16

A redução de emissões de CO2 é calculada na proporção de 3,6 kg de CO2 por cada Kg de roupa recolhida. Uma vez que os resíduos têxteis não emitem qualquer gás quando encaminhados para aterro, tendo como destino a deposição no solo onde demora décadas até desaparecer, a redução da emissão de CO2 tem apenas em conta a produção têxtil. A EMPRESA E OS SEUS OBJECTIVOS Criada em 2006, distinguida em 2013 como Empresa Solidária do Ano pela VISÃO Solidária (entre vários outros prémios), a H Sarah Trading

nasceu pela mão de Nedal Habal, empresário Belga de origem Síria, que se instalou em Seia e fundou um centro de triagem de roupa, calçado e brinquedos e posterior reencaminhamento. Em 2012, alargou a sua área de actividade para a recolha, através da colocação de equipamentos apropriados por todo o território nacional com o Projeto “InVista nO Ambiente”. Hoje, são um total de 110 colaboradores de norte a sul do país. “As roupas são triadas de acordo com os parâmetros H Sarah Trading e seguem para um dos encaminhamentos mais adequados: doação, valorização ou reciclagem”, explica Margarida Beja, Gestora de Projecto da empresa


responsável por todo este processo, de colocação dos contentores, manutenção e recolha dos mesmos. A Unidade de Triagem da empresa “assegura a cuidada separação do material e devido encaminhamento”, conforme nos foi informado. Dependendo da época do ano, e da afluência por parte da população, a recolha é efectuada de forma semanal ou quinzenal. APOIOS À JFC Além dos benefícios ambientais e da distribuição solidária das roupas e restantes objectos recolhidos que se apresentem nas devidas condições,

a Junta de Freguesia de Campolide (JFC) recebe ainda contrapartida, já que o acordo prevê “que o material recolhido seja revertido em géneros alimentares, nomeadamente pacotes de leite para distribuição de acordo com os projectos de Acção Social da Junta de Freguesia”. A Freguesia de Campolide conta com 18 equipamentos de recolha, cujo conteúdo não se esgota nas roupas, estende-se a “recolha de calçado e têxteis para o lar. Brinquedos também são aceites, desde que se encontrem aptos para doação. Podem também ser depositados acessórios ou artigos de marroquinaria”.

Alguns deles mudarão de localização no início de 2019, de modo a potenciar as suas funções. “Numa decisão conjunta entre as duas partes envolvidas, a H Sarah Trading e a Junta de Freguesia de Campolide, optou-se pela alteração de local de 9 dos 18 equipamentos distribuídos pela freguesia. Esta alteração visa, por um lado, a adaptação da rede de recolha às obras efectuadas nos últimos meses na área territorial da Freguesia de Campolide e, por outro lado, facilitar o acesso por parte da população aos pontos de recolha”, resume Margarida Beja. nc

MUDANÇA NA LOCALIZAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE RECOLHA NOVA LOCALIZAÇÃO Avenida Miguel Torga (Escola) Estação de Campolide (estacionamento) Av. Conselheiro Fernando de Sousa (Novo Banco) Calçada da Quintinha (junto à Calçada dos Mestres) Av. Eng. Duarte Pacheco (Paragem BUS) R. António Jacinto da Silva (ecopontos) Rua de Campolide (Twin Towers) R. Padre Domingos Maurício dos Santos (Ecopontos) R. José Malhoa (Polícia Municipal)

17

NOTICÍAS DE CAMPOLIDE

ANTIGA LOCALIZAÇÃO Rua de Campolide (Motorway) R. 12 – Calçada dos Mestre (R. 12) R. de Campolide (estacionamento) Calçada da Quintinha (Jardim Aqueduto) R. Professor Sousa da Câmara (quiosque) Rua 5 (Parque) Largo Professor Arnaldo Sampaio (Centro de Saúde) R. Reinaldo Manuel dos Santos (Ecopontos) Praça de Espanha (Teatro da Comuna)


A LOJA ONDE VOU: Joalharia Lide A jóia de Campolide Há quase trinta anos que Mário Pires vende e arranja as jóias e os relógios de várias gerações em Campolide. Fotografia: João Barata

Joalharia Lide R. Marquês de Fronteira 92 C 2ª a 6ª: 09h30 às 13h00 14h30 às 19h00 Sábado: 09h30 às 13h00 Telefone: 21 388 06 65 Tlm: 914 566 822

EDIÇÃO Nº87 JANEIRO/FEVEREIRO 2019

a

porta está aberta desde 1968, mas foi em 1991 que Mário Pires tomou conta da Joalharia Lide e fez dela uma referência em Campolide. “A maioria dos meus clientes são daqui do bairro. Muitos começaram a vir cá e, hoje, vêm os seus filhos ou até mesmo os netos”, conta-nos este profissional de 48 anos, que há muito abraçou este ramo de actividade. Ainda foi vendedor da Christian Dior, mas rapidamente optou por ter um espaço seu. Muita coisa mudou no negócio, desde que começou. Os centros comercias roubaram clientela, admite, e “os jovens de hoje não ligam ao ouro”. Mas os novos tempos também trouxeram coisas boas. “Todas as semanas coloco uma ou outra peça nas redes sociais, peço para partilharem, e assim as vou divulgando. Mas prefiro o contacto directo, a relação que se estabelece. Os

18

meus clientes sabem que lhes resolvo os problemas”, resume. Problemas esses que podem passar por reduzir o diâmetro de um anel ou assegurar que um relógio de estimação volta a mostrar a precisão inicial. Essa é uma das actividades preferidas de Mário, coisa que aprendeu “com um tio que vivia em Angola e já trabalhava como relojoeiro”, conta-nos. Nas décadas de 80 e 90 a expansão dos relógios digitais afectou um pouco o panorama, mas “os suíços resolveram o problema e hoje tanto eles como os japoneses continuam em força no negócio. Resta saber como os smartphones vão agora influenciar as coisas”, comenta. Em tantos anos de actividade, Mário Pires nunca foi multado, motivo de natural regozijo, num mercado fortemente fiscalizado. Por exemplo, as balanças

originais, manuais, com que aferia as quantidades de ouro ou prata – uma para cada metal – e que hoje repousam em cima do móvel principal, quase só para decoração, ainda ostentam a certificação anual que assegura o rigor dos aparelhos. Hoje, essas operações são feitas com recurso à electrónica, embora os dispositivos sejam igualmente atestados pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda. Aqui, é possível encontrar também algumas peças de autor, sempre sem abandonar alguma sobriedade que acompanha a linha da casa. Clássicos como alguns relógios de pulso, um elegante conjunto de gargantilha e bracelete ou um solitário, o anel que habitualmente celebra o prestígio de um noivado, continuam entre os objectos de maior procura. Em certa medida, a tradição, ainda é o que era. nc


gente nossa: Sandra Cóias Em cena, pela vida

Fotografia: João Barata

H

sas dicas e reflexões. “Por exemplo, quase todas a as pessoas têm animais, mas são muitas as que desconhecem quais os medicamentos para os humanos que podem ser prejudiciais, mortais até, para os seus animais”, exemplifica. Se a vida é um palco, como escreveu Shakespeare, o papel principal cabe-nos a todos, pelo menos no que respeita à defesa e divulgação das necessidades que rodeiam a natureza e todos os seres vivos com quem compartilhamos o planeta. nc

19

NOTICÍAS DE CAMPOLIDE

oje é um rosto bem conhecido de todos os portugueses, entra-nos em casa através de novelas, filmes e peças de teatro. Mas em Campolide, há muito que todos conhecem Sandra Cóias, nascida em 1972, cuja infância e juventude foi passada na Freguesia onde reside. O seu contacto com o público surgiu primeiro pelo mundo da Moda, com um convite para integrar como manequim um desfile de sapatos. Teria então cerca de 14 anos, o gosto pelo palco já lá estava, e foi uma forma de começar a assumir personagens, o que seria a sua vida profissional futura. Mas tudo começou muito antes... “Quando tinha cinco ou seis anos a minha mãe levou-me a ver o filme Música no Coração, no Cinema São Jorge. Foi nesse dia que nasceu a vontade de representar”, explica-nos a actriz. Frequentou uma licenciatura em Relações Internacionais, mas os palcos ganharam outra dimensão em 1997. Tinha conseguido entrar para a TAP, estava prestes a começar a voar, quando arriscou um casting que definiria o seu percurso. Ganhou o papel, desistiu do voo, e o título da novela foi premonitório: A Grande Aposta. Sandra Cóias surge muitas vezes associada a algumas causas de cidadania, como sejam os direitos dos animais, uma alimentação mais saudável e o combate às afrontas cometidas todos os dias sobre o planeta Terra. É sobre tudo isto que passará a escrever regularmente no boletim Notícias de Campolide. “Desde que me conheço, sempre tive animais. Mais tarde, ao viajar, fui-me dando conta de várias coisas que já se fazem em outros países. Uma vez li uma frase que repito muitas vezes, ‘dependemos totalmente da natureza, mas a natureza não depende de nós’ e acho que é inteiramente verdade”, partilha connosco Sandra Cóias. A sua presença nestas páginas vai estar relacionada com o que poderíamos designar como os três A – Animais, Alimentação e Ambiente – e podemos esperar as mais diver-


BREVES JANEIRO/FEVEREIRO 2019 ESPAÇO PÚBLICO Adaptação de passadeira Foram realizados trabalhos de adaptação da passadeira na Rua Dom Carlos de Mascarenhas junto ao cruzamento com a Calçada dos Mestres. A intervenção consistiu no rebaixamento do passeio e colocação de um pavimento táctil. A finalidade é permitir e facilitar às pessoas com mobilidade reduzida que atravessem a via, com a consequente salvaguarda da circulação pedonal. A JFC continuará a intervir nesta área em outros locais da Freguesia.

pelo facto de, além das passadeiras, as marcações de vias, limites e sentidos de circulação já não serem visíveis, pondo em causa o correcto fluxo de veículos e pedestres.

AMBIENTE

Restaurante 'A Valenciana'. Para ajudar a apagar as 19 velas do bolo estiveram presentes muitos Vizinhos e Vizinhas e membros do Executivo da JFC. A tarde de festa terminou com música ao vivo e muita dança. Parabéns!

Bela Flor Respira Cursos de agrofloresta A JFC realizou dois cursos de agrofloresta em Lisboa no âmbito do projecto Bela Flor Respira, constituídos por formação teórica e muita actividade prática. Mais de duas dezenas de apaixonados pela natureza meteram as “mãos na terra” e participaram em várias iniciativas, como a implementação de canteiros com espécies cooperantes entre si, operações de limpeza de lixo, recolha e conservação de sementes em Monsanto, para além das acções de ajudadas em campo. Junte-se a este projecto,, que terá outras actividades nos próximos meses. Bela Flor respira!

ACÇÃO SOCIAL Seniores de Campolide no Alentejo

ESPAÇO PÚBLICO

EDIÇÃO Nº87 JANEIRO/FEVEREIRO 2019

COLECTIVIDADES Repintura de sinalização horizontal

Associação de Reformados e Pensionistas de Campolide festeja 19º Aniversário

Foram realizados trabalhos de repintura de sinalização horizontal na Avenida José Malhoa, incluindo intersecções com Rua de Campolide e Rua Basílio Teles. Esta intervenção mostrava-se necessária

Alegria, simpatia, afecto e muita vida foram os ingredientes principais de mais um almoço de aniversário da Associação de Reformados e Pensionistas de Campolide, no passado dia 20 de Janeiro, no

20

O último passeio de 2018 organizado pela Junta de Freguesia de Campolide levou os Vizinhos e Vizinhas seniores da nossa Freguesia até Alcácer do Sal. O período da manhã foi preenchido com uma visita ao Museu das Minas do Lousal. À tarde, depois de um reconfortante


almoço para recuperar energias, foi tempo de visitar Alcácer, uma das cidades mais antigas da Europa.

SAÚDE Cuidado com a Lagarta do Pinheiro

SAÚDE

ESPAÇOS VERDES

Rastreios gratuitos anemia

Intervenção no arvoredo

Sabia que 84% das pessoas com anemia não sabe que tem a doença? No próximos dias 1 e 4 de Março os enfermeiros do núcleo Saúde Mais Próxima vão estar em Campolide, realizando rastreios gratuitos à anemia, avaliando a hemoglobina e sensibilizando os Vizinhos e Vizinhas sobre esta temática. - Bairro da Bela Flor | 1 de Março - Praça de Campolide | 4 de Março O horário de funcionamento é das 9h15 às 17h45, estando encerrados das 13h às 14h.

A equipa de Espaços Verdes procedeu ao corte de uma pernada de um pinheiro-manso localizado no Largo Professor Arnaldo Sampaio (Centro de Saúde de Sete-Rios). Uma operação tida como necessária pelos problemas estruturais causados pelo peso da pernada, constituindo risco elevado para a segurança de pessoas e bens.

Evite o contacto directo com a processionária ou lagarta do pinheiro (ninhos de aspecto de novelo de seda ou lagartas no solo) e impeça que as crianças e os animais toquem nas lagartas. Em caso de contacto, lave a pele com água corrente e remova os pelos urticantes. Para qualquer dúvida dirija-se ao posto médico ou clínica veterinária mais próximos. Ou ligue para: Saúde 24 - 808 24 24 24 ou Centro de Informações Antivenenos - 808 25 01 43 Se identificar a presença de ninhos da lagarta do pinheiro na Freguesia de Campolide, ligue: 213 884 607 ACUPUNTURA ENFERMAGEM MASSAGISTA DENTISTA

*A JFC não se responsabiliza pelos actos dos especialistas

09H00/17H00 09H00/12H00 16H00/18H00 09H00/17h00 14H00/16H30 09H00/16H30 10H00/12H30 14H00/17H00 09H00/12H00 09H30/12H00 09H00/12H30 09H00/17H00 14H00/16H30

NOTICÍAS DE CAMPOLIDE

R. de Campolide 24A, Lisboa CONTACTO - 912 059 323

MÉDICO DE FAMÍLIA TERAPIA DA FALA PSICOLOGIA NUTRIÇÃO HOMEOPATIA

4ª Feiras 2ª e 6ª Feiras 4ª Feiras 5ª Feiras 2ª Feiras 3ª Feiras 4ª Feiras 5ª Feiras 2ª Feiras 6ª Feiras 4ª Feiras 3ª Feiras 2ª Feiras

21


Ajude o seu cão! Cumpra as leis para um passeio seguro com o seu MELHOR AMIGO

É OBRIGATÓRIO POR LEI RemoVER dejeCtos

Art 25º e 52º do RRSCL - Coima até 727,50€

Circular COm trela

Art 7º e 14º do Dec-lei nº 314/2003 - Coima até 3.740€

Circular COm trela e açaimo

Cães perigosos ou potencialmente perigosos Art 13º e 38º do Dec-lei nº 315/2009 - Coima até 3.740€ Rua de Campolide, 24B 1070-036 Lisboa geral@jf-campolide.pt www.jf-campolide.pt

/jfcampolide /jfcampolide /campolidetv

Tel.: 21 388 46 07


CONTACTOS ÚTEIS JUNTA DE FREGUESIA DE CAMPOLIDE Balneário Público da Serafina Pavilhão Polidesportivo de Campolide Casa dos Animais (Canil/Gatil)

213 884 607 211 979 931 913 882 896 218 172 300

JUNTA DE FREGUESIA DE CAMPOLIDE

SAÚDE Centro de Saúde de Sete Rios Hospital de Santa Maria

217 211 800 217 805 000

POLÍCIA - BOMBEIROS 21ª Esquadra da PSP (Palácio da Justiça)

213 858 817

3ª Divisão da PSP de Benfica

217 142 526

37ª Esquadra da PSP (Bairro da Serafina)

213 858 346

Polícia Municipal de Lisboa

217 225 200

Bombeiros Sapadores de Lisboa

808 215 215

Comissão Protecção de Crianças e Jovens

217 102 600

HIGIENE - LIMPEZAS HIGIENE URBANA Recolha de ‘Monos’ (CML)

808 203 232

HIGIENE URBANA Entrega Contentores (CML)

808 203 232

Posto de Limpeza de Campolide Posto de Limpeza da Serafina

211 328 237 211 328 929

TESOURARIA

LICENCIAMENTOS

R. de Campolide, 24 B - 1070-036 - Lisboa • Tel: 213 884 607 Email: geral@jf-campolide.pt • Site: www.jf-campolide.pt

REDES SOCIAIS DA JUNTA DE FREGUESIA DE CAMPOLIDE

DIVERSOS CP CARRIS METRO TAP FERTAGUS VIMECA

707 210 220 213 500 115 225 081 000 707 205 700 707 127 127 214 357 472

EPAL - Faltas de Água

800 222 425

EPAL - Comunicação de Roturas na Via Pública

800 201 600

Fiquei sem eletricidade. O que devo fazer? Primeiro, tente identificar a origem da falha. Verifique se existe luz na rua, se os vizinhos têm luz, se tem os pagamentos em dia ou se algum equipamento fez "disparar" o disjuntor/quadro. Caso não encontre o problema, ligue: 808 100 100 (EDP Distribuição)

FIQUE ACTUALIZADO

www.facebook.com/jfcampolide

VEJA AS FOTOS

www.instagram.com/jfcampolide

ASSISTA AOS VÍDEOS

www.youtube.com/campolidetv

LEIA O BOLETIM ONLINE www.issuu.com/jf-campolide


SISTEMA DE RECOLHA DE RESÍDUOS em campolide Só tem que se guiar pelas cores e garantir que os contentores sejam colocados na rua, entre as 19h00 e as 23h00, no dia marcado da sua recolha. No dia seguinte deve recolher os contentores até às 10h00. Nota: O não cumprimento das regras de colocação do contentor na rua para recolha, está sujeito a coima.

deposite o lixo dentro do contentor correcto

JOR NA L

3ª, 5ªfeira e sábado

4ªfeira

2ªfeira e 6ªfeira

Os vidros devem continuar a ser colocados no Vidrão.

lixo doméstico indiferenciado

papel / cartão

plásticos, metais e tetrabriks

não depositar

Coloque apenas os resíduos que não podem ser reciclados

Coloque o papel de escrita ou impressão e todas as embalagens em cartão bem espalmadas.

Coloque todas as embalagens em plástico, latas de bebidas ou conservas e pacotes de líquidos alimentares, bem espalmadas.

VIDRãO

loiças e cerâmicas, sacos plásticos, vidro plano e janelas, cristais e espelhos, lâmpadas, frascos de medicamentos

vamos deixar a nossa freguesia mais limpa! Rua de Campolide, 24B 1070-036 Lisboa geral@jf-campolide.pt www.jf-campolide.pt

/jfcampolide /jfcampolide /campolidetv

Tel.: 21 388 46 07


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.